8 de março de 2008

31 - EU, PERDOE-ME!

Já faz um mês que eu não publico nada aqui no blog. Não vou mentir, eu estava dando mais atenção a outras coisas, lendo alguns livros que estavam me fazendo falta, estudando e escrevendo para o que eu pretendo que seja um livro, mas em janeiro, quando recomecei a escrever artigos para publicar aqui, eu estava terminando de ler um livro sobre gratidão e perdão.

Como eu já escrevi sobre gratidão, pus na cabeça que iria escrever sobre o perdão. Mas alguma coisa, meu anjo da guarda, é claro, me travou. Não consegui escrever uma palavra, nem sobre outro assunto. Fiquei em branco por vários dias sofrendo de um ‘bloqueio criativo’.

Bom, uma noite eu pedi aos anjos e ao universo uma solução e sonhei com uma escritora muito parecida com a Lia Luft me dizendo ‘você só pode escrever sobre o que você conhece’. Mamão com açúcar!!! Eu conheço o perdão, não guardo ressentimentos de nem uma só pessoa nesse mundo.

Peguei o notebook. Necas!

Daí surgiu uma frase na minha cabeça ‘eu não conheço o perdão’. Olha gente, o susto foi grande. Não quero dizer que sou perfeita, que não tenho pensamentos ruins, que não erro à beça, mas posso pelo menos afirmar que luto pra caramba contra eles, nem tanto por altruísmo, mas porque sei que eles só fazem mal a mim mesma.

Assim como no livro que eu tinha lido, eu pretendia dizer que não devemos guardar nenhum rancor, que perdoar as pessoas nos deixa mais leves, eleva nossa alma e a de quem acha que precisa do nosso perdão.

Logo eu, que sei que a primeiríssima coisa a fazer para alcançarmos qualquer objetivo é assumir que tudo que nos acontece é atração e responsabilidade nossa.

Então, qual o valor do meu grande orgulho, afirmar que perdoei a todos que me magoaram? Perdoar o que ou quem se as pessoas só nos fazem o que permitimos ou atraímos?

Se acho que eu devo perdão a alguém ou que alguém merece meu perdão, estou atrasadinha, tem responsabilidade que não foi assumida aqui. A única pessoa a quem devemos perdão é a nós mesmos.

Ao invés de remoer perdão/não perdão, procure a lição por trás desses eventos. O universo só lhe oferece a lição da qual você precisa e se você não entende isso, está perdendo boas oportunidades de resolver seus assuntos porque essas lições contêm a solução e as respostas que você busca.

Mas se você não as identifica, as situações continuam voltando e voltando, como ‘avisos’ de que você precisa resolver essas questões – a Cabala chama essas recorrências de Tikun.

Portanto, não ache que você é bonzinho quando perdoa alguém. O que você devia mesmo fazer é agradecer a todos que te magoam, causam sofrimentos ou provocam uma reação qualquer através do que dizem ou fazem. O objetivo é não reagir, lembram-se? Eles são os agentes, os mensageiros que trazem a carta que diz que se você não consegue não se identificar com algo é porque esse algo ainda não está resolvido em seu interior.

Quanto ao perdão, peça-o a você mesma. Encare-se no espelho e diga ‘eu, perdoe-me' e responda 'eu me perdôo por ter permitido isso ou aquilo, me perdôo por não ter percebido antes o ensinamento que essa situação me trouxe, me perdôo por reagir, por ter me sentido ofendida, por ter me afastado do caminho do autoconhecimento e do desenvolvimento interior.

Seja!!!

Cristtina Lopes

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito obrigado por construir um blog assim. Adorei a sua mensagem.
Espero que continue assim.
Abraços